Lembro quando eu era pequenina e perguntava nas minhas orações ao Senhor do alto, como era a cor do amor que agente recebia. Eu sei que você me ama um “tantão” assim e eu também te amo. É claro que é um tanto menor, porque sou pequenina, mas amo tudo o que consigo.
Nunca quero ficar sem você, até podem dizer que eu poderia ficar. A dona Rosa disse que você não ia perder tempo com uma menina contadora de histórias feito eu. Mas eu sei que você está sempre presente, e dona Rosa está enganada. Sabe Senhor do Alto? Eu não conseguiria viver sem você. Aprendi a conhecer você de um jeito tão bonito que começa bem aqui nas batidas do meu coração, e vai ganhando alegria de dentro para fora.
Sei também que você conhece todos os seus filhos, e chama cada um por seu nome e não se confunde. Você não “acha”, você faz. Aqui as coisas estão do mesmo jeito, e euzinha furei o meu pé no copo de vidro que dona Rosa quebrou sem querer. Precisei ir pegar água para Julinha, e não vi o vidro porque tive que vir sem a vela, senão iria ficar de castigo por estar acordada.
Pode me fazer entender o que é ser insuportável?
Será que é uma coisa bonita demais? É que quase vi ternura nos olhos de dona Rosa dizendo para nova moça que chegou aqui, que as crianças eram todas isso aí e que tinha que ir firme com elas.
A moça passou a mão na minha cabeça e sorriu, então vi dona Rosa sorrir também. Logo insuportável deve ser bom né?
Eu vi uma borboleta voando no teto da cozinha. Fiquei tão preocupada se dona Rosa a visse, é que ela não gosta de borboletas, então ela voou e eu corri fazendo barulho com a caneca para ela ir ter comigo, e a borboletinha ir embora. Fiquei de castigo no milho, mas os outros meninos cuidaram para que a borboletinha ficasse em liberdade.
Hoje eu lembrei de você quando eu vi uma flor entre as formigas. Elas estavam por toda a parte e tiravam pedaços de suas pétalas, eu não consegui suportar e chorei. Depois fui tirar a florzinha de lá e plantar noutro cantinho. Plantei perto da janela do nosso lugar de dormir, a terra lá era boa, mas a florzinha ficou tristinha uns dias, acho que era porque estava acostumada com sua antiga casinha, mas eu cantei todos os dias para ela e lhe dava água para matar sua sede, e ela ficou feliz novamente e cresceu bem bonita.
Mas hoje ao acordar percebi que havia uma outra florzinha com ela, e vi que ela teve um “filhote”. Fiquei tão radiante de alegria que ajoelhei e pedi para você, não deixar ninguém levar embora a mãe da florzinha, porque os filhos precisam das mães por perto.
Obrigada por essa alegria Senhor do Alto. Parece um sonho tão bonito que você deixou uma tarefa tão responsável nas minhas mãos, cuidar da filha e da mãe.
O amor é o mais precioso bem que possuímos, eu sei que ele não mora só na minha cabeça, ele germinou no meu coração tão cedinho. E tudo faz um grande sentido. Eu sei onde você está, onde vive todas as horas do dia. É aqui em mim por livre e espontânea vontade.
Você sabe como eu estou me saindo Senhor, eu posso sentir que sabe que faço o melhor que consigo ainda.
Nunca quero ficar sem você, até podem dizer que eu poderia ficar. A dona Rosa disse que você não ia perder tempo com uma menina contadora de histórias feito eu. Mas eu sei que você está sempre presente, e dona Rosa está enganada. Sabe Senhor do Alto? Eu não conseguiria viver sem você. Aprendi a conhecer você de um jeito tão bonito que começa bem aqui nas batidas do meu coração, e vai ganhando alegria de dentro para fora.
Sei também que você conhece todos os seus filhos, e chama cada um por seu nome e não se confunde. Você não “acha”, você faz. Aqui as coisas estão do mesmo jeito, e euzinha furei o meu pé no copo de vidro que dona Rosa quebrou sem querer. Precisei ir pegar água para Julinha, e não vi o vidro porque tive que vir sem a vela, senão iria ficar de castigo por estar acordada.
Pode me fazer entender o que é ser insuportável?
Será que é uma coisa bonita demais? É que quase vi ternura nos olhos de dona Rosa dizendo para nova moça que chegou aqui, que as crianças eram todas isso aí e que tinha que ir firme com elas.
A moça passou a mão na minha cabeça e sorriu, então vi dona Rosa sorrir também. Logo insuportável deve ser bom né?
Eu vi uma borboleta voando no teto da cozinha. Fiquei tão preocupada se dona Rosa a visse, é que ela não gosta de borboletas, então ela voou e eu corri fazendo barulho com a caneca para ela ir ter comigo, e a borboletinha ir embora. Fiquei de castigo no milho, mas os outros meninos cuidaram para que a borboletinha ficasse em liberdade.
Hoje eu lembrei de você quando eu vi uma flor entre as formigas. Elas estavam por toda a parte e tiravam pedaços de suas pétalas, eu não consegui suportar e chorei. Depois fui tirar a florzinha de lá e plantar noutro cantinho. Plantei perto da janela do nosso lugar de dormir, a terra lá era boa, mas a florzinha ficou tristinha uns dias, acho que era porque estava acostumada com sua antiga casinha, mas eu cantei todos os dias para ela e lhe dava água para matar sua sede, e ela ficou feliz novamente e cresceu bem bonita.
Mas hoje ao acordar percebi que havia uma outra florzinha com ela, e vi que ela teve um “filhote”. Fiquei tão radiante de alegria que ajoelhei e pedi para você, não deixar ninguém levar embora a mãe da florzinha, porque os filhos precisam das mães por perto.
Obrigada por essa alegria Senhor do Alto. Parece um sonho tão bonito que você deixou uma tarefa tão responsável nas minhas mãos, cuidar da filha e da mãe.
O amor é o mais precioso bem que possuímos, eu sei que ele não mora só na minha cabeça, ele germinou no meu coração tão cedinho. E tudo faz um grande sentido. Eu sei onde você está, onde vive todas as horas do dia. É aqui em mim por livre e espontânea vontade.
Você sabe como eu estou me saindo Senhor, eu posso sentir que sabe que faço o melhor que consigo ainda.
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