Quando o coração escreve, o tempo escuta Este não é apenas um blog. É um livro aberto de mim para mim e agora, para você. Cada capítulo aqui nasce de uma pergunta, de uma ausência, de um instante que ficou entre o que foi dito e o que foi sentido. É um lugar onde a palavra vira abrigo, e o silêncio tem voz. Entre e leia com calma: cada pedaço tem um pouco de céu, um rastro de dor bonita, e a esperança suave de quem ainda acredita na delicadeza.

Bem-vindos ao meu cantinho no mundo♥

Aqui mora tudo que pulsa forte no peito: palavras que escapam, silêncios que gritam, e memórias que dançam entre o céu e o chão. Este blog é um diário aberto, uma conversa com o tempo, um abrigo de sentimentos. Sinta-se em casa. Pegue um café, ouça o vento, e leia com o coração. Com carinho, Fernandinha

★☾ ✿Gente - Miúda✿

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Era uma vez, uma garotinha que se chamava... Bora ler!

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Nós precisamos de Ti

♥♫( artesã de sentimentos) 
Autoria M. Fernanda♥♫


Imagem: Google

Quando a noite chega com suas estrelas brilhantes eu as vejo conduzindo o caminho de quem brilha sem tom. Nem sempre os olhos presenciam semblantes de amor, há tantos perigos nos atos da arrogância.

Então nas ruas há sempre uma criança vagando sem teto, pessoas vêm e vão, e elas estão ávidas esperando por anjos. Eu esperei.

Havia noites frias, e corações partidos. Havia rostos banhados de lágrimas e uma esperança verdinha. Havia desejos de paz em um mundo cinza, e coberto por tantas certezas de que havia um Pai Amoroso para nos proteger, e havia! E Ele abraçava com sua bondade e não havia momentos, havia acalento. Enquanto as estrelas brincavam na sua imaginação Fernandinha agradecia por elas.

Senhor do Alto, eu sei que você me ama, assim como todos os humanos da Terra. Dona Joana falou que mesmo quando as pessoas não observam a noite e nem falam com você, você cuida delas com o mesmo amor que as que falam, e eu acho isso tão estrondosamente especial que fico aqui e ali falando com você, mesmo quando você está muito, muito ocupado com as pessoas que fazem as guerras e tiram da Terra aqueles que você mandou vir aqui viver.

Eu sei que você, mesmo triste com os filhos malvados, não os deixa sem o seu amor. Mas também precisa ensiná-los nesta mesma medida para que eles aprendam que necessitamos saldar nossas dívidas, sejam lá quais forem, para um dia olhar você de frente e dizer que sentiu muito, muito por tanto mal.

Eu queria tanto, mas tanto que a paz fosse um elo de amor, como uma grande corrente que abarcasse toda criatura que gera as guerras e extinguisse dos corações o propósito da destruição.

Dona Joana falou também que um dia, tudo será resolvido, e daí então todos olhariam com suavidade, certeza, amor, solidariedade e caridade.

Senhor do Alto, você mandou um grande professor para isso, e ele era também seu filho Jesus. Eu conheço o amor dele por todos nós. Mas como nas escolas em que eu não posso entrar porque não tenho pais para me conduzir, há alguns que não querem aprender agora, e então você compreende e deixa cada um escolher o seu próprio tempo. Muitas vezes o tempo não deixa tempo, e daí eu ainda não aprendi como é o resto, mas tenho certeza de que você tem uma solução.

Aqui nas ruas aprendemos todos os dias de uma forma emocionante. Muitas vezes os olhos viram mar porque a barriga dói, ou porque alguém se machuca feio, sabe? Mas daí, a gente aprende que afagando passa, ou fica menos dolorido. Então quando apenas fechamos os olhos e imaginamos que somos iguais àqueles que têm um lar, um pai e uma mãe, a alegria é um milagre e tudo se transforma, a dor vira amor.

Senhor do Alto, eu sei que gosto muito de perguntar né? mas queria entender  por que não há alegria nos corações de todos? Por que sempre há motivos para alguém dizer adeus? Por que os lares vivem tão frios, orfanatos e abrigos tão cheios, e as calçadas lotadas? Eu ouvi o sr. Ari certa vez dizer que é desamor. Eu não sei ao certo o que quer dizer, mas eu senti uma dor no meu peito, porque deve ser triste criar dentro da gente uma coisa que não constrói e causa aflição nos outros.

Eu queria que todos nós prestássemos mais atenção no brilho que o Sol traz pela manhã, quando ele está nascendo e fazendo uns raios coloridos, que chegam a fazer a gente querer voar só pra chegar pertinho e tocar. E as nuvens quando começam a formar figuras tão interessantes que quando eu percebo, parece que vêm na minha direção e eu sorrio imaginando que você soprou ela em mim (risos).

Olha aqui dentro dos meus olhos Senhor do Alto, veja como eu sou feliz, porque você é meu Pai querido, mesmo quando você precisa dizer “não” quando eu penso numa mãe pra mim e ela não vem.

Eu entendo que agora não pode ser, mas que um dia ela vai chegar.

Daqui a pouco Jesus vai ser nascido e as pessoas vão espalhar milagres de bondade umas nas outras, algumas irão aos orfanatos levar umas estorinhas aos ouvidos das crianças de lá, agasalhos e carinho, e isso é o espírito do Natal pairando nos corações.

Muitas pessoas estão pulando os obstáculos que nem dona Maria falava, cada um tem um graveto para juntar no caminho da vida. Estes gravetos vão se transformando numa cruz que só ele pode carregar, mas quando há fé e coragem você descobre o amor, e aí a cruz que gerou vai ficando leve, porque o trabalho pesado quem fez foi Jesus o nosso professor de amor.

Eu aqui sou muito agradecida Senhor do Alto, por ter feito isso também por mim, tá bom? Eu sei que há coisas que vamos aprender porque doeu muito, e há aquelas que custará muito tempo para sermos capazes, e enquanto isso iremos chorar bastante. Então o meu pedido de hoje é: ensina a todos nós a querer muito, muito escolher a coisa certa, eu sei que a decisão é de cada um, mas se estivermos refletindo no que nos machuca, não iremos querer machucar o outro porque é muito ruim.

Hoje há luzes brilhando na cidade, e em algum cantinho dela há alguém dizendo adeus para alguém que ama. Apazigua por favor estas pessoas, e quando doer estrondosamente, ensina que elas aprendam a olhar o Céu, aí onde você está tudo tem concerto. Nós precisamos de Ti, embora haja um orgulho tão feio no meio de nós.