Quando o coração escreve, o tempo escuta Este não é apenas um blog. É um livro aberto de mim para mim e agora, para você. Cada capítulo aqui nasce de uma pergunta, de uma ausência, de um instante que ficou entre o que foi dito e o que foi sentido. É um lugar onde a palavra vira abrigo, e o silêncio tem voz. Entre e leia com calma: cada pedaço tem um pouco de céu, um rastro de dor bonita, e a esperança suave de quem ainda acredita na delicadeza.

Bem-vindos ao meu cantinho no mundo♥

Aqui mora tudo que pulsa forte no peito: palavras que escapam, silêncios que gritam, e memórias que dançam entre o céu e o chão. Este blog é um diário aberto, uma conversa com o tempo, um abrigo de sentimentos. Sinta-se em casa. Pegue um café, ouça o vento, e leia com o coração. Com carinho, Fernandinha

★☾ ✿Gente - Miúda✿

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Era uma vez, uma garotinha que se chamava... Bora ler!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Foi ser liberdade

(Autoria: Fernanda)
Imagem: net
 



Senhora, por que está chorando?
O que aconteceu? Pode por favor, me contar?
A senhora a olhou de cima abaixo e num tom severo disse, devolva meu anel. Diga menina! Onde você o escondeu?

A menina não sabia onde estava a jóia. Olhou para a senhora, e com os olhos marejados disse: Não vi seu anel senhora. Num ímpeto sentiu numa das faces o peso das mãos que aprendera a conhecer tão bem, a lhe por de castigo. A senhora a levou até o quarto escuro e lá ela ficou o dia inteiro.


No finalzinho da noite a porta se abriu e a menina saiu com os olhos doendo da iluminação forte neles. Fora-lhe permitido um banho. Foi, se banhou e voltou para a ala das meninas, tudo em silêncio. O jantar estava servido, e lhe dado um copo de água, ela agradeceu, tomou e pediu para se retirar. Seu pedido fora negado e ela ficou sentindo o cheiro do caldo que estava sendo servido à mesa. Engolia a saliva e fechava os olhos.

Final do jantar, quando era tirada a mesa, foi anunciada uma visita. A ajudante do orfanato diz: Dona Maura sua prima a espera. Mande que entre, não posso deixar essas crianças sozinhas aqui.

A moça entra, se abraçam, conversam enquanto as crianças lavavam os pratos.
A que devo a honra de tua visita? Prima, liguei para ti o dia inteiro, minha formatura foi muito bonita, pena não teres ido. A senhora Maura se desculpou pelos afazeres não tê-la permitido ir, e em seguida a moça tira do dedo o anel lhe devolve e agradece. Obrigada querida por tê-lo emprestado a mim.

Todos se voltaram para a senhora Maura com um tom de revolta, menos a menina, que feliz da vida ficou, por saber que a senhora agora sabia que ela falava a verdade. A senhora meio sem jeito apenas, batia as mãos e dizia: Todos já para a cama, cuida!

Naquela noite a menina recebera o carinho de seus amiguinhos. E da janela de seu “quarto” pensava: Um dia eu vou admirar as estrelas bem na frente do mar, dormir junto com a brisa e ver o sol nascer todo lindo, bem diante dos meus olhos.

Um dia amenina escapou, foi ser liberdade.

3 comentários:

  1. Injustiça dói tanto!

    Mas você juntou tijolinhos e construiu seus alicerces com eles, tudo afinal reverteu-se para o bem e a liberdade enfim chegou, construída!

    Beijo Fê.

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  2. Adoro as tuas histórias.
    E esta não foge à regra.
    A tua narrativa prende o leitor, é muito interessante.
    Beijos, querida amiga Fernanda.

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  3. Nanda,hoje vim ler as histórias da menina e, pra variar...rss...me emocionei com essa linda história!Vc é luz,menina!Bjs,

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Gratidão♥♫